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Empatia. A definição formal do dicionário define o conceito como “um processo de identificação por meio do qual um indivíduo é capaz de se colocar no lugar do outro e, a partir daí, compreender seu comportamento”. Mas seria esta uma habilidade importante na gestão da carreira?

Cada vez mais. Diante da imersão tecnológica, ainda que pareça paradoxal, as habilidades humanas têm ganhado relevância – talvez justamente pelo fato de que as tecnologias se transformam a todo instante. No fim, os olhares se voltam justamente àqueles que vão fazer uso delas. As pessoas.

Já tratamos neste Blog sobre habilidades do futuro e que competências como integridade, criatividade e vontade de aprender estão na mira dos recrutadores. A empatia entra junto no “pacote”. Porém, de que maneiras podemos levar o conceito à prática?

Siga a leitura para conferir nossos insights!

O poder da empatia no contexto do trabalho (e da vida)

Todo ser humano gosta de ser apreciado, compreendido e sentir que pertence a seu meio. Isso está na base biológica de sua constituição – somos química e neurologicamente programados para nos relacionarmos uns com os outros. Por isso, independentemente da área de atuação de uma empresa, habilidades de relacionamento são indispensáveis.

No processo de comunicação, a empatia é um ingrediente chave. Em todo e qualquer cargo ou profissão, de uma forma ou de outra, é necessário saber lidar com clientes, fornecedores e os próprios colegas de trabalho. E, se falamos de pessoas e relacionamentos, o conflito representa um fator recorrente.

Válido ressaltar, inclusive, que o conflito não é necessariamente ruim – desde que usado para o crescimento pessoal e profissional dos envolvidos. Daí a importância da empatia. Ela viabiliza que ambas as partes procurem compreender o lado oposto. Julgar menos, buscar mais soluções.

No momento atual, então, tal habilidade ganha notoriedade ainda maior. Segundo pesquisas, os brasileiros estão cada vez mais grudados nas telas. A média diária, conforme a Agência Brasil, supera as 4 horas diárias. Em um contexto digital – em que o contato olho no olho está cada vez mais raro – a empatia está virando commodity. Dentro e fora do mercado de trabalho.

Empatia: da teoria à prática

Uma vez compreendido o conceito de empatia, chega a parte mais desafiadora: a aplicabilidade. Como, em um momento de tensão e conflito, é possível se colocar no lugar do outro? De que formas cultivar essa competência tão engrandecedora?

No clássico livro de negócios “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, o escritor Dale Carnegie fornece alguns insights. Ele sugere que, antes de se posicionar sobre alguma falha alheia, a pessoa procure reconhecer ou expor seus próprios erros. De acordo com ele, antes fornecer uma crítica, oferecer um elogio sincero também é um modo de praticar empatia.

O psicológo Daniel Goleman – autor de Inteligência Emocional e pesquisador de Harvard – igualmente pincela o tema em suas obras, nas quais disserta sobre habilidades como a capacidade de conexão com os sentimentos e formas de enxergar o mundo de outras pessoas – considerando a cultura, o contexto, o tom de voz e até mesmo as expressões corporais. Sob esse viés, a empatia é uma forma de inteligência social e emocional.

A verdade é que, como outras competências comportamentais, não existe um manual rígido sobre como praticar a empatia. É preciso prática. E oportunidades não faltam nas situações cotidianas.

Mas isto é fato: na realidade atual do mercado de trabalho, exercer empatia é, sim, um diferencial.

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