Compartilhar:

A disrupção digital transformou nossos meios de trabalho, nossos relacionamentos e quebrou completamente as barreiras de tempo e espaço em pleno século 21. Mas não sem consequências. Afinal, como lidar com as transformações trazidas pela inserção das tecnologias emergentes em nossas vidas – tanto a nível pessoal, quanto profissional?

No livro “No Enxame: Perspectivas do digital”, o autor Byung-Chul Han relembra que Kafka acreditava que até mesmo a comunicação por cartas era algo assustador. “Despachar as palavras” assim seria, em sua visão, como se comunicar com fantasmas. Que diria ele agora, então, dos relacionamentos corporativos e amorosos através de aplicativos? O mundo realmente mudou drasticamente.

E o que nos resta? Reclamar? Não. Buscar nossa reinvenção como seres humanos que vivem nessa era. Para aprofundar tal ponto, primeiro vamos relembrar…

O que é a disrupção digital? Há como dimensionar seu impacto?

A disrupção digital é um conceito utilizado para definir o efeito das tecnologias emergentes sobre o mercado de trabalho. E, a partir delas, as mudanças exigidas sobre os modelos tradicionais de negócios, considerando que até mesmo profissões seculares estão sendo extintas devido à ascensão tecnológica.

Até mesmo para nós, na condição de profissionais, é complicado dimensionar o potencial impacto da disrupção digital. Um estudo publicado pela Dell em 2017 projeta que até 2030 cerca de 85% das profissões serão novas. Ou seja: não foram sequer concebidas ainda!

Em seu livro “Qual é a Sua Obra?”, o filósofo Mario Sergio Cortella enfatiza que o mundo está mudando. Mas essa não é a novidade. Em suas palavras: “o mundo sempre mudou. A novidade é a velocidade da mudança. Aliás, a velocidade é tamanha que mudou nossa noção de tempo. Cada dia você levanta mais cedo e vai deitar-se mais tarde”.

O desafio, portanto, é aprender a lidar com a inserção tecnológica que, por um lado, nos impele à mudança, à impossibilidade de ficar estagnado. E, por outro, nos convida também a usufruir da tecnologia de forma mais benéfica, ganhando tempo para investir em nossa saúde física e espiritual.

A importância de se reinventar pessoal e profissionalmente na era digital

“É preciso aprender a aprender”. A frase atribuída a John Dewey nunca fez tanto sentido na história. No contexto do mercado de trabalho, precisamos aprender que as tecnologias vão invariavelmente nos forçar à reinvenção de quem somos profissionalmente todos os dias. Velhos modelos já não servem. O que funciona hoje, pode não funcionar amanhã.

Em paralelo, também precisamos aprender a aprender a PARAR. É isso mesmo. A velocidade é fundamental para não sucumbir à concorrência, mas aprender a lidar com as tecnologias de forma sadia é igualmente importante. Tentar ser produtivo de forma exagerada, 24 horas por dia, pode gerar o efeito oposto – uma Síndrome de Burnout.

Somos todos produto da disrupção digital. Uma sociedade ainda em fase de teste no que diz respeito aos impactos do digital. O essencial? Aprender com os erros e acertos dentro do cenário que se apresenta.

Gostou da reflexão? Aproveite para compartilhar este texto com seus colegas nas redes sociais!

Compartilhar: