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O tema saúde mental, infelizmente, ainda representa um enorme tabu no cenário corporativo. Gestores que prezam por resultados expressivos e rápidos tendem a crer que não há tempo disponível em suas agendas para cuidar da mente, do corpo e da saúde. Trata-se de uma enorme problemática – ainda mais acentuada em razão da tecnologia.

Para exercer uma liderança efetiva, os gestores precisam estar em seu melhor estado mental. Assim, ignorar ansiedades, abrir mão do sono de qualidade e da atividade física em prol do trabalho de maneira recorrente é um verdadeiro equívoco. Ao invés de otimizar a produtividade, o desgaste emocional resulta em decisões menos assertivas e erros críticos de gestão.

Um levantamento publicado pela International Stress Management Association (Isma) sinaliza que cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros são acometidos pela chamada Síndrome de Burnout, um esgotamento profissional causado pelo estresse do dia a dia. Seus sintomas, inclusive, envolvem manifestações físicas – lapsos de memória, dores no corpo, enxaqueca, sudorese e palpitações.

A grande questão é: como transformar essa situação e equilibrar saúde mental e negócios?

Aqueça o café e siga a leitura para conferir os principais insights acerca do assunto.

Saúde mental e trabalho na era digital

A digitalização do mercado de trabalho ainda é relativamente recente, o que torna difícil mensurar seu real impacto nas organizações. No entanto, de modo empírico, você já deve ter observado que o fluxo de mensagens instantâneas e a rapidez na troca de informações agiliza processos, mas também simboliza um enorme desafio ao exercício do foco.

É por isso que os líderes do futuro, requisitados a todo instante, vão ter que estar cada vez mais centrados. Se o gestor não souber organizar sua rotina de maneira estratégica e fazer questão de incluir um tempo na agenda para cuidar da saúde mental, ele realmente será engolido pelas demandas infindáveis.

Há um paradoxo quando se fala na necessidade de líderes manterem um tempo de qualidade para si mesmos. Por um lado, é esperado que eles estejam sempre disponíveis. Mas, por outro, ao não cuidarem de si mesmos, como vão ter condições de cuidar de toda uma organização?

Por isso, valorizar a saúde mental é uma estratégia que impacta nos negócios: a postura, o estado de espírito e a atitude do líder espelham a cultura organizacional da empresa. Em artigo publicado na Harvard Business Review Brasil, o CEO do Blue Management Institute, Daniel Augusto Motta, enfatiza esse aspecto.

“Tornar-se um líder essencial não é nada trivial. Requer disciplina na busca pela sua própria excelência, requer também paciência e disposição para ampliação da consciência sobre sua essência individual e, além disso, requer resiliência e atitude para se colocar como protagonista do processo de transformação desejado por sua organização”, sublinha.

Como recuperar a saúde mental? Veja 3 dicas

Se, ao ler este artigo, você chegou à conclusão de que precisa reservar um tempo para cuidar de sua saúde mental, confira três dicas práticas para isso:

1)   Invista em um processo de coaching

A vida do gestor muitas vezes se transforma em um verdadeiro caos. Se você não sabe nem por onde começar a organizar sua vida, o primeiro passo é investir no autoconhecimento e cuidar de você. O processo de coaching é extremamente benéfico para ajudar a realinhar suas prioridades.

2)   Reserve momentos estratégicos do dia só para você

Se você costuma acordar e já pegar o celular para checar mensagens e e-mails, experimente implementar uma nova rotina. Reserve o início da manhã ou o fim da tarde para simplesmente se desconectar, preparar um café com calma, respirar fundo, ler algumas páginas de um livro ou realizar alguma atividade de que goste.

3)   Faça alguma atividade física prazerosa

O esporte faz parte da rotina dos líderes e CEOs mais bem sucedidos do mundo, como Phil Knight (Nike) e Paulo Lemann (Ambev). Encontre um esporte que você ame e pratique diariamente. A atividade física libera hormônios como endorfina e serotonina, que oxigenam o corpo e o cérebro.

Em sua autobiografia, “A Marca da Vitória” , Knight revela que teve inúmeros insights para resolver problemas complexos da Nike depois de uma corrida.

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