O estresse no trabalho se tornou fator comum no ambiente corporativo e merece atenção, pois é capaz de produzir consequências extremamente nocivas – tanto a nível profissional comol pessoal. Afinal, quando ele se instala de maneira crônica, dificilmente se restringe à porta do escritório.
Em casos mais agravados, os sintomas de estresse podem levar, até mesmo, ao diagnóstico da Síndrome de Burnout, afetando a saúde do empresário ou colaborador de forma holística. O que, em paralelo, também gera à organização custos associados ao afastamento.
No entanto, em um contexto corporativo imerso em novas tecnologias e cada vez mais acelerado, como administrar o estresse de forma sadia? Felizmente, os avanços científicos na área da Neurociência trazem insights interessantes.
Siga a leitura para conferir os principais!
Sintomas de estresse no trabalho: fique atento
Não é por acaso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) sinaliza que a depressão já é a doença mais incapacitante do mundo, com mais de 300 milhões de pessoas afetadas. Muito embora smartphones e aplicativos tenham adicionado velocidade à resolução de problemas, por outro lado eles parecem ter acelerado ainda mais as rotinas laborais, gerando tensão.
O primeiro passo para lidar com o estresse no trabalho, principalmente quando ele atinge níveis perigosos, é ter atenção a seus sintomas. Em seu blog pessoal, o oncologista, cientista e escritor, Dr. Drauzio Varella, menciona alguns deles:
- Sensação de esgotamento físico e mental
- Mudanças bruscas de humor
- Extrema dificuldade de concentração
- Sudorese e palpitações
- Insônia
O estresse pode estar associado a um ou mais sintomas mencionados.
Como evitar estresse no trabalho? 3 estratégias da Neurociência
Se você se identificou com os sintomas de estresse apresentados, a boa notícia é que hoje também já dispomos de conhecimento suficiente para administrar o problema de forma inteligente.
Confira, abaixo, três estratégias embasadas pela Neurociência:
1) Medite para administrar seus níveis de cortisol
O cortisol é um hormônio liberado pelo sistema límbico com o intuito de deixar o corpo alerta em situações de perigo. Esse mecanismo é utilizado evolutivamente desde os tempos primitivos, estimulado pela região do cérebro conhecida como “reptiliana”, responsável por reações instintivas.
A grande questão é que, no século 21, a liberação de cortisol está exacerbada por conta de uma série de situações de “perigo” artificiais: os prazos curtos, o trânsito para chegar ao escritório, a pressão por resultados em vendas, por exemplo.
No contexto citado, a meditação pode ser um antídoto natural poderoso. Um estudo publicado no periódico Neuroscience Letter relacionou a prática de mindfulness a uma diminuição de experiências de dor, ao estimular o controle cognitivo e emocional e regular a resposta da amígdala ao estresse.
Procure meditar, pelo menos, 10 minutos diariamente. Aplicativos como o Insight Timer e Headspace podem ajudar.
2) Aproxime-se de pessoas positivas durante o dia
Esteja atento às pessoas com as quais você mais convive quando está no trabalho. Diante de situações estressantes, procure se aproximar daquelas que mantêm um viés mais positivo diante das adversidades.
A Neurociência explica que a oxitocina – conhecida popularmente como “hormônio do amor” – também é liberada diante de relações sociais estimulantes, atenuando a sensação de bem-estar. Um estudo da Universidade de Bonn (Alemanha), inclusive, aponta que ela é capaz de promover o altruísmo social.
3) Implemente um hábito saudável para lidar com o estresse (fique atento aos seus gatilhos)
No livro “O Poder do Hábito”, Charles Duhigg, ex-repórter do New York Times, expõe evidências de que todo hábito (benéfico ou nocivo), é desencadeado por um gatilho que ativa uma rotina. Com isso em mente, procure perceber quais são os principais “atalhos” no dia a dia que desencadeiam em você uma reação de estresse.
O truque aqui é antecipar a reação para evitá-la ou, então, trocar a rotina diante da situação estressante. Diante de uma situação potencialmente explosiva, você pode pegar um café ou sair para se alongar por cinco minutos para pensar com clareza. Ao repetir isso com frequência, você pode diminuir episódios traumáticos.
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