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A agilidade do mundo contemporâneo desperta nas grandes lideranças uma percepção emergente: a necessidade de desenvolvimento da chamada Inteligência Social, essencial à prosperidade dos negócios. Mais do que nunca, a tecnologia demonstra que conduzir uma empresa demanda competências que vão muito além do nível técnico.

Em seu novo best-seller, 21 Lições para o Século 21, o historiador Yuval Noah Harari sublinha que, diante de um mundo repleto de informações irrelevantes, clareza é poder. O excesso de estímulos e conteúdos desafia o foco das lideranças, fazendo com que muitas deixem de captar sutilezas comportamentais de extrema importância na rotina empresarial.

Portanto, não há momento mais propício para o desenvolvimento da Inteligência Social, conceito cunhado pelo psicólogo e pesquisador de Harvard, Daniel Goleman. Dominar essa competência é fundamental para gestores, tanto pelas questões operacionais de nível micro, quanto para aqueles momentos decisivos ao futuro da corporação.

Para conferir os principais insights sobre o tema, continue a leitura.

Inteligência social: conceito e aplicações no mercado

O conceito de Inteligência – ou Sensibilidade – Social é definido por Goleman como a habilidade de um indivíduo se adequar rapidamente a distintos contextos sociais, inclusive no âmbito profissional. Também diz respeito à sua aptidão para manter relacionamentos sadios e frutíferos com pessoas de diferentes culturas e opiniões.

A IS engloba muito mais do que a comunicação verbal e a habilidade de expressão do líder: está também relacionada à comunicação não-verbal, à assertividade em sua autoapresentação, ao tom de voz utilizado, entre uma série de outras sutilezas. Afinal, até mesmo a postura do gestor em determinados contextos comunica algo.

Em sua obra “Foco: A Atenção e Seu Papel Fundamental para o Sucesso”, Goleman discorre sobre a IS e relembra que, eventualmente, todas as pessoas cometem gafes inadvertidamente – principalmente quando inseridas em uma cultura diferente, ou em um local onde o conjunto de regras de convivência não é muito claro.

No meio corporativo, portanto, a IS é uma habilidade indispensável às grandes lideranças. “Profissionais que fazem negócios com grupos de pessoas diferentes numa economia global precisam de sensibilidade extra para compreender tais normas tácitas”, pontua o especialista.

Inteligência Social, tecnologia e empatia

Compreender a essência da IS automaticamente expõe claramente porque ela é tão necessária frente ao mundo atual, repleto de organizações exponenciais e tecnologias ascendentes. A imersão no digital facilmente rouba a atenção das lideranças.

Inclusive, segundo um levantamento conduzido pela Motorola e publicado pelo Portal Uol, 56% dos brasileiros já admitem que iriam entrar em pânico se perdessem seus celulares.

Assim como outras habilidades, a Inteligência Social pode ser desenvolvida. No entanto, quanto menor é a prática, menores as chances de identificar as nuances comportamentais em diferentes contextos. Em outros termos, a distração desfavorece a empatia e a atenção ao outro. O que, para líderes, pode ser extremamente prejudicial.

“A habilidade intercultural para a sensibilidade social parece relacionada à empatia cognitiva. Executivos bons nesse tipo de compreensão de perspectiva se saem melhor em atividades no exterior, pois conseguem captar normas implícitas rapidamente e compreender modelos mentais de uma determinada cultura diferente”, escreve Goleman.

Em paralelo, a IS ainda traz benefícios na gestão de equipes e na relação com colaboradores. Ao estar sempre atento ao contexto, você poderá captar pistas sutis para se portar da melhor forma, independentemente da situação que se apresente – e colher melhores resultados, claro.

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