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Quando se fala em responsabilidade, geralmente entendemos responsabilidade do ponto de vista moral. O homem responsável é sério, correto, consciente de suas obrigações como profissional e como cidadão. Neste caso poderíamos nos perguntar se ser responsável não seria uma obrigação de todo profissional e de todo cidadão. Tendemos a achar que sim, assim como ser honesto e confiável.

Por princípio podemos considerar todos os profissionais de uma determinada organização responsáveis, honestos e confiáveis, até prova em contrário…

Quando falamos em ética da responsabilização do sujeito no trabalho, a noção de responsabilidade é outra, trata-se da responsabilização do sujeito diante de si mesmo. A noção aqui ganha a conotação de autoria. Se responsabilizar é se autorizar.

“O profissional se habilita como membro importante da equipe quando passa a protagonizar seu trabalho, quando abre mão de simplesmente se adaptar, de repetir o mesmo e se acomodar a uma situação sem riscos. Ele para de se queixar, deixa de lado a culpabilização do outro, toma as dificuldades como desafio, não recua, procura qual sua parte na história.”

Em Psicanálise, podemos pensar como propósito de uma análise fazer o sujeito responsabilizar-se por sua singularidade, abdicar do direito de se queixar do outro e para o outro, de se justificar, se explicar e se desculpar (como afirma o psicanalista Jorge Forbes).

E no trabalho? Entendemos que o profissional se habilita como membro importante da equipe quando passa a protagonizar seu trabalho, quando abre mão de simplesmente se adaptar, de repetir o mesmo e se acomodar a uma situação sem riscos. Ele para de se queixar, deixa de lado a culpabilização do outro, toma as dificuldades como desafio, não recua, procura qual sua parte na história, o que pode fazer, como pode contribuir com a equipe…

É responsabilidade de todo individuo procurar a felicidade em tudo que faz. Se abdicar dessa prerrogativa é indicativo que esta sendo desonesto com o que tem de mais precioso, a vida. Pode parecer egoico, mas não é. O mundo agradece quando somos felizes com o que fazemos. O entorno social se inspira, aproxima, pergunta enfim, se interessa.

Essa é a maior arma de um líder, o prazer no que faz.

No trabalho, a satisfação, o prazer, parecem estar diretamente relacionados com a percepção de nossa capacidade e possibilidade de colaborar com a equipe e com a missão da organização, assim, se de um lado temos que o sujeito satisfeito trabalha melhor, de outro lado temos que o trabalho bem feito torna as pessoas mais satisfeitas.

O protagonismo, a responsabilização do sujeito sobre o seu fazer. Facilitar isto em seus grupos, essa é maior missão de um lider!

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