Compartilhar:

A polivalência consiste exatamente em responder à principal demanda do mundo atual: se adaptar e se desenvolver diante de desafios novos que estão aparecendo. E quem são os profissionais polivalentes? Conheça algumas de suas características

O processo de contratação nas empresas está mudando – pelo menos para as vagas com maior potencial de crescimento profissional e pessoal. Há alguns anos, as pessoas eram contratadas para desempenhar uma função definida: nesse caso, eram avaliadas por experiência e habilidades técnicas. No entanto, atualmente, essa lógica vem se alterando. É comum, em uma entrevista, o candidato ser sabatinado primeiro sobre suas habilidades pessoais, projetos de vida, interesses e como pensa que pode de fato contribuir para o crescimento da organização. Os questionamentos, digamos, mais técnicos, estão vindo em segundo plano. E isso tem deixado muitas pessoas angustiadas. E o motivo é simples: aprendemos a encarar o trabalho (quem nasceu antes dos anos 80 que o diga) como um sistema de troca: desenvolvemos habilidades profissionais e uma empresa nos contrata para aplicá-las. Mas acontece que o modus operandi do universo corporativo está mudando: as pessoas estão sendo contratadas não pelo que elas já sabem realizar, mas pelo que elas são capazes de realizar.

Nesse sentido, é interessante abordar um conceito que tem sido muito falado, o de profissional polivalente. A polivalência consiste exatamente em responder à principal demanda do mundo atual: se adaptar e se desenvolver diante de desafios novos que estão aparecendo. E quem são os profissionais polivalentes? Podemos enumerar algumas de suas características:

1) Tem interesse por áreas além do seu campo de formação técnica

2) Consegue dialogar com a diversidade de pensamento e, em resposta, articular novas ideias a partir de perspectivas diferentes da sua

3) Tem iniciativa e comportamento proativo: está longe de ser um mero executor, pois propõe novos processos

4) Encara o aprendizado como um processo constante, gratificante e inerente à vida

5) Tem uma postura positiva diante de mudanças

Vamos aos exemplos práticos. Um dos CEOs mais bem pagos do mundo, Ken Chenault, que foi presidente da American Express por quase vinte anos, tem formação acadêmica em História. Em entrevistas, ele relata sobre como a aptidão para se envolver em debates e articular ideias foi útil para poder crescer no mundo corporativo.

Christopher Connor, CEO da Sherwin-Williams Company, formado em sociologia, começou na empresa nos anos 80, como publicitário. Em entrevistas, revelou que sua formação em ciências humanas o ajudou como executivo porque “negócios têm a ver exatamente com isso: entender as necessidades dos seus funcionários e clientes”.

Polivalência é exatamente isso. Ser capaz de internalizar conhecimentos e experiências e aplicá-los em diferentes contextos da vida. Um dos aspectos mais gratificantes de nosso trabalho é orientar os clientes na formação do alicerce básico das habilidades de polivalência: inteligência interpessoal, adaptação a mudanças, autoconhecimento, entre tantas outras. Um caminho instigante, que vale a pena ser percorrido.

Compartilhar: