Compartilhar:

A percepção do erro como oportunidade de aprendizado é fundamental para o sucesso

Sara Blakely é uma jovem bilionária, criadora da marca de roupas íntimas Spanx. Ela conta que, na sua infância, seu pai costumava perguntar todos os dias: “no que você falhou hoje?”. E analisava junto com ela as causas do que ela acreditava ter sido um fracasso e as emoções que isso despertava nela. Segundo ela, a percepção precoce do erro como oportunidade de aprendizado foi fundamental para o sucesso em seu empreendimento.

A história de Blakely é uma das narrativas compiladas pelo fascinante livro O poder do fracasso (Sextante, 2016), de Sarah Lewis, uma reunião de histórias de pessoas que realizaram grandes conquistas de uma perspectiva bem singular: elas contam à autora no que erraram e como esse aprendizado foi essencialmente para que tivessem determinada ideia ou tomassem certa atitude que foi um divisor de águas em suas carreiras.

A obra trata essencialmente da importância de vivenciar, de examinar o fracasso. De saber que tentar de outra maneira é diferente de desistir. “Excelência tem a ver com fazer sempre um trabalho melhor do que o último”, diz Sarah.

É interessante refletir como a cultura da sua organização trata o erro – como busca de inovação ou como constrangimento? A rede americana de hospitais Mayo, por exemplo, criou um prêmio específico para ideias que, apesar de não bem-sucedidas, são inovadoras, de forma a estimular seus colaboradores.

Vale citar também o Prêmio Ignobel, entegue na Universidade Harvard, que reconhece pesquisas inusitadas. É uma inciativa que vai muito além de tratar a ciência com o humor e atrair a atenção do público – funciona na verdade como um estímulo para que cientistas coloquem em prática suas ideias, mesmo que soem absurdas. Interessante lembrar aqui que um dos ganhadores do Ignobel, Andre Geim – premiado por uma pesquisa que usava imãs para levitar rãs – recebeu mais tarde um Nobel de Física.

A estrada do autoconhecimento passa por muitos erros e arrependimentos. Não raro, é preciso uma ajuda profissional de confiança, como um trabalho de coaching, para uma análise produtiva do próprio desempenho e das expectativas para o futuro. Sempre no sentido de avançar. Como escreveu o dramaturgo Samuel Beckett: “Tente outra vez. Fracasse outra vez. Fracasse melhor”.

Em tempo, Sarah Lewis concedeu uma ótima entrevista à revista Época Negócios. Leia em http://glo.bo/1PRXCnO.

Compartilhar: