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Líderes autênticos são grandes empatas. Têm capacidade nata ou trabalhada de reconhecer e antecipar emoções das outras pessoas e lidar com elas

Empatia é a palavra da vez. Refere-se à capacidade que a grande maioria das pessoas tem de experimentar emoções de outras pessoas. Por exemplo: seus olhos marejam quando assiste uma cena dramática em um filme? Você percebe que seu colega de trabalho está com alguma dificuldade e se oferece para conversar ou mesmo ajudar sem nenhuma recompensa imediata aparente a não ser amenizar o sofrimento dele? Isso é empatia.

No entanto, poucas pessoas conhecem a ciência por trás desse conceito. Você sabia que temo2s neurônios especializados para a empatia? São os neurônios-espelho, uma descoberta relativamente recente da neurociência, feita totalmente ao acaso. Pesquisadores que estudavam macacos por meio do monitoramento do cérebro dos animais perceberam que uma região do cérebro de um macaco associada ao movimento ficou mais ativa quando o animal viu um pesquisador fazer movimentos, sem querer. Mais especificamente, descobriram que havia células específicas que “disparavam” nessas situações, as quais chamaram de neurônios-espelho, uma referência literal ao espelhamento (de atitudes, ideias etc) que fazemos a todo momento com nossos semelhantes. Esses neurônios disparam, por exemplo, em situações em que sentimos empatia, como o sofrimento do outro, e durante os processos de aprendizagem. Quem nunca ficou encantado com aquele professor que engajava as emoções dos alunos em sala, fazendo-os ficarem atentos aos seus gestos e suas palavras?  A empatia está presente o tempo todo em nosso cotidiano.

E o que isso diz sobre nós? Basicamente, que somos seres com predisposição biológica para interagirmos e aprendermos com o outro. Mais ainda, que temos necessidade das outras pessoas. Da perspectiva da psicologia evolutiva, podemos dizer que fomos moldados para viver em sociedade e encontrar nos (e com) os outros segurança e melhores soluções para os problemas. Não por acaso bebês têm fascínio por observar expressões dos adultos e aprendem a imitá-los desde cedo. Um processo de empatia pura, que continua durante toda a vida.

Líderes autênticos são grandes empatas. Têm capacidade nata ou trabalhada de reconhecer e antecipar emoções das outras pessoas e lidar com elas (veja o texto Os pilares da inteligência emocional, publicado neste blog). Abordagens revolucionárias aplicadas em grandes empresas e instituições de ensino são baseadas em empatia, como a abordagem World Cafe, que consiste em rodas de conversa nas quais todas as pessoas são convidadas a dar seu ponto de vista sobre um problema proposto: a premissa é que cada um possui, dentro de seu repertório individual, algo com que contribuir. Um processo participativo aparentemente simples que tem uma fenomenal capacidade de trabalhar a diversidade e complexidade no grupo, fazendo emergir a inteligência coletiva. Se ficou curioso, indicamos que conheça mais sobre esse tipo de abordagem: https://bitly.com/.

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