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A lista de benefícios do silêncio em um mundo que aparenta estar cada vez mais barulhento está na mira da ciência. A poluição sonora é infinita, seja através do trânsito, da publicidade, das notificações do celular ou propagandas na televisão. Afinal, até que ponto o excesso de barulho prejudica a saúde mental, a produtividade e o foco?

Ao que tudo indica, a exposição a constantes estímulos sonoros pode ter impactos severos ao organismo. Estudos publicados na Europa já chegaram, até mesmo, a traçar relações entre ambientes barulhentos e ocorrência de doenças cardiovasculares. O estresse também é fator coadjuvante no cenário.

Mas como incorporar práticas que permitam um contato com o silêncio na rotina? De que modo colaboradores e empregadores podem se beneficiar de práticas que preconizam momentos de contemplação e quietude em suas rotinas?

Vamos nos aprofundar mais nessas questões.

Silêncio no contexto corporativo

Silenciar pode parecer contraintuitivo em um mundo digital, tecnológico e com velocidade cada vez mais acelerada. O WhatsApp chama, o cliente cobra, os resultados precisam aparecer. No entanto, por mais paradoxal que soe, o silêncio representa uma estratégia de produtividade e melhora no desempenho das equipes.

Por quê? Principalmente por seu efeito fisiológico. Ocorre que o barulho e o excesso de estímulos ocasiona no corpo a ação de mecanismos de resposta, programados para liberar hormônios estressantes (como cortisol e adrenalina) diante de alertas sonoros. Sempre que ouvimos barulhos estridentes, ativamos a amígdala central, responsável por desencadear esse processo.

Bem, não é novidade que ninguém consegue raciocinar propriamente quando está em constante estado de alerta, certo? A concentração é produto de um estado de equilíbrio, emocional e fisiológico. A maior prova dos benefícios de práticas de silêncio e meditação é que algumas das startups mais disruptivas da atualidade as já adotaram.

Talvez o grande desafio seja, verdadeiramente, aprender a parar. Ou a se permitir parar, especialmente quando a “programação mental” embutida pela sociedade é buscar sempre mais. Como reagir?

Silêncio sob a perspectiva da saúde mental: como incluir na rotina?

“Esqueceram-se de um direito na declaração dos direitos do homem: o direito ao silêncio. O silêncio é parte do meu espaço físico. Qualquer barulho que o perturbe é uma invasão à minha casa, uma agressão ao meu corpo“, escreveu Rubem Alves. A frase é provocativa e nos estimula a refletir sobre como recuperar o direito ao silêncio em meio à correria diária.

A nível pessoal, pode ser interessante usufruir de técnicas de meditação mindfulness ou transcendental com mantras. Não é preciso mais que 5 minutos diários para começar e determinar um horário estratégico (pela manhã ou à noite, por exemplo) pode ajudar a criar uma rotina que inclua momentos de contemplação.

Aos empregadores, vale a pena averiguar a inclusão de espaços para que os colaboradores possam relaxar, respirar ou mesmo praticar Yoga em intervalos. Um estudo conduzido com mais de 3.500 adultos que participaram de programas de meditação mindfulness demonstrou diminuição significativa nos níveis de estresse e ansiedade dos participantes.

Seres humanos felizes, calmos e centrados produzem mais e melhor. É simples assim.

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