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Hacks de produtividade se multiplicam pela internet diariamente. No entanto, você já parou para refletir que mudanças de estilo de vida – como a qualidade da sua alimentação diária – poderiam ter um impacto tão grande, senão maior, que teorias virtuais para produzir mais e melhor?

A máxima “você é o que você come” permanece tão atual quanto nunca. Na correria habitual da rotina, o ser humano comumente esquece de que o corpo é, por si só, uma máquina. Pode-se compreender, a partir daí, que o combustível para realizar todas as suas atividades é o que você consome todos os dias.

A ciência demonstra, de forma cada vez mais evidente, que os alimentos têm profunda influência não apenas no corpo físico, mas no âmbito mental. Siga a leitura para compreender melhor tal correlação que, de fato, faz diferença no seu trabalho.

A relação entre alimentação e estados de humor

Você certamente já deve ter passado por episódio semelhante: exagerou na refeição na hora do almoço e, ao tentar trabalhar à tarde, sua produtividade decaiu drasticamente. A sensação de letargia o(a) derrubou. Eis uma prova empírica de que a alimentação influi sobre o funcionamento do organismo e o estado de humor.

As evidências de que isso verdadeiramente ocorre, porém, não se restringem apenas à observação. A ciência hoje já as respalda. Prova é um recente estudo publicado no periódico Nature Microbiology, que traçou forte associação entre as bactérias do trato gastrointestinal e quadros de depressão em pacientes.

De forma resumida, a equipe de pesquisadores analisou dados de microbioma fecal de 1054 pacientes que já haviam recebido com diagnósticos clínicos gerais de depressão e detectou dois gêneros bacterianos específicos neles. Uma evidência que aponta forte ligação entre quadros depressivos e a qualidade do trato gastrointestinal.

Em outras palavras: você se sente estressado, depressivo e improdutivo ao exercer seu ofício – ou até mesmo fora do escritório? Pode ter a ver não somente com a atividade, em si, mas com a sua nutrição.

Alimentação, depressão, obesidade e produtividade: quais os links?

Saindo um pouco do âmbito científico e retornando à esfera prática, isto é fato: os países ocidentais vivem hoje uma epidemia de doenças como obesidade (50% dos brasileiros já têm sobrepeso), diabetes (cerca de 10% da população no país é afetada) depressão (quase 6% dos brasileiros são depressivos).

Esse cenário impacta a sociedade em todas as esferas. Inclusive, claro, o mercado de trabalho. Afinal, indivíduos não saudáveis não produzem. Sem saúde, literalmente, não se faz nada.

Na âmbito individual, buscar informações sobre como manter uma nutrição otimizada e adequada ao seu organismo pode fazer toda a diferença na sua forma de produzir diariamente. Algo simples, como levar uma comidinha caseira na marmita para o trabalho, também pode representar uma ação econômica e sustentável.

Em uma de suas mais célebres obras, “Walden: Vida nos Bosques”, o autor estadunidense Henry David Thoreau nos lembra escancaradamente que o homem é natureza. Ele é biofílico, parte integrativa do planeta. Reconhecer isso requer humildade, mas pode fazer toda a diferença na sua forma de trabalhar, se relacionar e enxergar a vida.

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