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A neurociência comportamental é um campo de estudos que permeia a vida dos seres humanos em diversas esferas, relacionando aspectos biológicos, neurais e físicos. Compreender as bases que moldam o comportamento das pessoas é essencial aos líderes. Afinal, saber gerir e motivar outro ser humano é uma competência intrínseca à liderança.

Muito além de fornecer insights poderosos sobre relacionamento interpessoal, a neurociência também pode ajudar líderes a aprimorarem a compreensão acerca de seus próprios padrões comportamentais. Identificar a origem biológica por trás das decisões fornece clareza, precisão e firmeza diante dos momentos desafiadores.

Ficou interessado em saber mais sobre como a neurociência pode ajudá-lo a melhorar sua performance na empresa? Aqueça o café e siga a leitura para conferir nossas dicas.

Neurociência comportamental: por que conhecê-la?

Conhecimento é poder. É por isso que, para qualquer pessoa que trabalhe diariamente lidando com questões humanas, a compreensão da neurociência comportamental simboliza uma vantagem competitiva. Inclusive, em determinados cenários, a falta de clareza acerca de suas tendências de comportamento pode ser usada contra você.

A neurociência é ampla e suas aplicações não se restringem a um único campo de atuação. No cenário de uma negociação, por exemplo, os conhecimentos neurocientíficos podem ser utilizados para fortalecer uma determinada posição, transparecer firmeza e, até mesmo, convencer alguém.

Na própria área do Marketing, a neurociência tem sido cada vez mais utilizada para potencializar vendas. O entendimento possibilitado pela ciência acerca dos lados mais instintivos que moldam o comportamento humano, desassociados ao córtex pré-frontal, é aplicada para estimular as pessoas a comprarem mais ou se apaixonarem por determinados produtos.

Compreender questões chave sobre o cérebro para um líder é, portanto, indispensável. “Entender que o homo sapiens é um animal e que nossos instintos de sobrevivência têm mais influência sobre nós do que nossa razão ou nossa cultura pode ser o melhor caminho para domá-los”, salienta Rejane Toigo, mestranda em Neuromarketing pela Florida Christian University, em seu perfil no Instagram.

3 estratégias de liderança inspiradas pelo estudo da neurociência

Se você gostou de aprender um pouco mais sobre neurociência, agora vamos à prática. Veja, abaixo, três estratégias para aprimorar seu perfil de liderança:

1.   Observe além do “efeito manada”

Em seu canal do Youtube, o neurocientista e pesquisador filiado ao Laboratório de Neurociências Clínicas (LiNC) da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Pedro Calabrez, explica que o “efeito manada” diz respeito à tendência humana de conformar com a maioria quando se está em um grupo.

Principalmente porque, nos primórdios da humanidade, ir contra o que sua “tribo” fazia poderia significar a morte diante de um perigo iminente. No entanto, em um mercado de trabalho que exige criatividade e soluções inovadoras, ousar questionar o que a maioria pensa pode ser o que difere um grande líder de um simples gestor.

2.   Usufrua da psicologia positiva e não reprima suas dores

Para coordenar um grande grupo de pessoas de forma eficiente, antes de mais nada, um líder precisa estar bem consigo mesmo. Nesse sentido, o Coaching é um processo de extrema ajuda, capaz de fortalecer o mindset diante dos desafios corporativos por meio da psicologia positiva.

Também em seu canal do Youtube, Pedro Calabrez salienta que ainda vivemos em um “mundo estético” que, muitas vezes, estimula as pessoas a não verbalizarem seus sentimentos. Ocorre que isso acaba sendo prejudicial, uma vez que a dor é um mecanismo intrínseco à natureza humana e que realmente possui implicações no funcionamento do cérebro.

A neurociência já observou que sentimentos associados às “dores sociais”, relacionadas ao contexto do trabalho ou da vida pessoal, realmente ativam uma estrutura do cérebro chamada giro do cíngulo anterior dorsal – a mesma que é ativada quando há presença de uma dor física. Daí a importância de manter a saúde da mente em dia.

3.   Utilize os hacks biológicos a seu favor

A neurociência e a biologia explicam que sentimentos como felicidade, ansiedade, estresse e irritação são resultado de uma química de hormônios, conforme demonstra a figura abaixo. Os líderes podem usar isso a seu favor.

Estresse e ansiedade, por exemplo, são resultado de baixos níveis de dopamina e endorfina. Para equilibrar e neutralizar essas emoções “ruins”, com o intuito de pensar com clareza ao tomar uma decisão, fazer atividades que liberem tais hormônios é de grande ajuda: exercícios físicos ou um hobby prazeroso podem, literalmente, elevar seu estado mental.

Então, gostou de compreender melhor como a neurociência pode ser uma ótima ferramenta de liderança? Se você apreciou os insights deste artigo, aproveite para compartilhar com os colegas no WhatsApp, LinkedIn e demais redes sociais!

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