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Há várias ferramentas sérias, formuladas cientificamente, que contribuem para o autoconhecimento. Conheça aqui uma delas – a teoria dos Cinco Grandes Fatores da Personalidade

Um dos ramos mais instigantes das ciências da mente é certamente a psicologia da personalidade, que estuda fatores inatos e ambientais que interagem e contribuem para fazer com que algumas pessoas sejam mais tímidas, outras mais responsáveis, outras mais expansivas, entre várias características.

Entre muitos modelos de estudo da personalidade propostos ao longo de século passado, o que prevalece como o mais aceito cientificamente é o Big Five (Cinco Grandes Fatores). De acordo com essa teoria, a personalidade é formada pela combinação de cinco diferentes domínios que têm peso e relevância diferente em cada pessoa. Eles são:

  • Abertura a novas experiências: sobre a capacidade de aceitar mudanças e novidades. Está relacionado à busca por conhecimento e tendência a se relacionar com pessoas de diferentes grupos e perspectivas de vida.
  • Conscienciosidade ou responsabilidade: abrange a capacidade de estabelecer compromissos e laços de confiança.
  • Cooperatividade: relaciona-se com a empatia, a tendência a buscar comportamentos em prol do bem-estar do grupo. Importante para o trabalho em equipe.
  • Extroversão: refere-se à necessidade e facilidade de interagir com outras pessoas. Pessoas com alta pontuação nesse traço de personalidade sentem-se bem quando em grupo.
  • Estabilidade emocional: sobre a capacidade de estar consciente das próprias emoções e evitar que elas tomem em conta da perspectiva negativa, por exemplo, causando estados permanentes de ansiedade e tensão sem motivo real.

Essa teoria é a mais usada em estudos das diferentes áreas da psicologia e também da neurociência, que busca encontrar marcadores biológicos destes traços da personalidade e estabelecer relações com a genética. É interessante notar que toda pessoa, de acordo com o modelo, possui todos os traços em maior ou menor grau.  Não há domínio “melhor ou pior”, mas extremos certamente se refletem negativamente nas relações sociais. Problemas que advêm de uma “responsabilidade de menos”, por exemplo, ninguém duvida, mas excesso de escrúpulos também pode ter suas consequências, como a rigidez moral. Na mesma linha a cooperatividade – por vezes é necessário ser mais individualista. E assim por diante.

Fazer o teste pode ser uma maneira de olhar para si por alguns minutos e reconhecer algumas características. Aqui, indicamos uma versão (em inglês) baseda no questionário aplicado por psicólogos de universidades de prestígio. O teste pode ser feito anonimamente e os resultados servem para traçar um panorama geral da personalidade de acordo o Big Five. Que tal tentar? www.thebigfiveproject.com. Há várias ferramentas sérias, formuladas cientificamente, que contribuem para o autoconhecimento. Por que não lançar mão delas?

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