Compartilhar:

“Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor”
Novos Baianos

A animada letra dos Novos Baianos “Brasil Pandeiro” nunca foi tão verdadeira.

Recentemente o Brasil participou de um experimento inédito organizada pelo órgão das Nações Unidas PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Índice de Valores Humanos (IVH) que foi criado para traduzir em números a influência dos valores no desenvolvimento da sociedade.

O indice é uma ampliação do conceito do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), mas tendo em conta aspectos relacionados à experiência de cada entrevistado. Foram mais de 500 mil pessoas entrevistadas, para as quais se apresentou questões relacionadas ao prazer e ao sofrimento em três áreas: Saúde, trabalho e educação.

Por exemplo, em relação à saúde se considerava entre outras coisas a facilidade ou dificuldade de compreensão dos termos usados pelos profissionais da área de saúde o interesse da equipe em relação ao paciente, etc.

Pelo que podemos observar essa pesquisa inovadora teve como seu cerne as relações, e como elas influenciam na cadeia de valores que transmitimos no nosso dia a dia.

Na área relacionada ao trabalho os dados considerados são até mais interessantes, foram 17 perguntas direcionadas a experiência de prazer no ambiente laboral, como, por exemplo: a liberdade para negociar o que necessita com a chefia, orgulho do que se faz, realização profissional, solidariedade entre os colegas etc.

Por outro lado havia 15 perguntas relacionadas a experiências de sofrimento como: estresse, falta de reconhecimento, insatisfação, descriminação, etc.

Esses aspectos positivos e negativos no contexto da empresa é bastante didático em nos indicar quais são as prioridades para uma cultura organizacional sadia, com valores que ajudam no desenvolvimento tanto pessoal quanto da própria empresa.

Não é a toa que esse Índice de Valores provém da mesma instituição que leva a palavra Desenvolvimento no nome e é responsável pelas metas do milênio:

objetivos-milenio

Todas essas iniciativas e propostas louváveis só serão atingidas quando fizermos uma clara reflexão sobre nossos valores enquanto indivíduos, organização e sociedade.

A chave para a compreensão sobre como se pode começar a modificar as coisas por aqui é o próximo passo avaliado pelo IVH:

A EDUCAÇÃO.

O que foi considerado na pesquisa para entender o mapa do comportamento humano foram os aspectos que relacionavam os valores individualistas ou coletivistas na formação das pessoas.

Qual a função da educação e o conhecimento?

a) Ser uma boa pessoa
b) Ser um bom cidadão
c) Ter uma vida boa
d) Conseguir um emprego

O que imaginam que o brasileiro respondeu?

As duas primeiras foram os mais respondidos e tivemos uma pontuação bastante alta nesse quesito.

A Cultura e Gestão que lida diretamente com o mundo das empresas e de cultura organizacional pensamos da mesma forma.

Ser uma boa pessoa e ser um bom cidadão são dois valores que fazem muita falta dentro de uma organização.

Ser boa pessoa e bom cidadão é levar em si os seguintes valores:

  • Ser interessado no bem comum;
  • Respeitar as diferenças;
  • Ser tolerante;
  • Ser responsável;
  • Ser honesto;
  • Sentir-se livre para expressar suas idéias.

Hoje o que está em jogo é a tensão entre os interesses pessoais e os interesses de todos.

Quanto mais próximos de valores que nos leva ao coletivo, ao bem comum, mais perto estaremos em alcançar as metas do milênio.

Esse é o segredo da sustentabilidade, pensar em todos, na inclusão, na igualdade entre gêneros em oportunidade e respeito, na diminuição da carga social da desigualdade.

Valores coletivos são mais importantes por que se em grupo vivemos bem individualmente vivemos melhor.

Qual é a importância desse Índice de Valores Humanos?

Diria que é essencial, é a melhor forma de nos conhecermos como seres humanos: de tempos em tempos colocando um espelho para refletir sobre nossos valores e descobrir o que devemos mudar para sermos melhores pessoas.

Compartilhar: