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Enquanto não houver autoconhecimento, apenas reagimos. Uma melhor percepção de si mesmo, nos ajuda a deixar de ser reagentes para, nos tornarmos agentes.

A liderança é um tema de interesse de muitas pessoas – esse conceito estampa capas de livros, revistas e ultimamente tem sido explorado nos mais variados tipos de curso. No entanto, é preciso critério e cuidado com esse tema – não podemos falar em uma “receita”, única e infalível – como muitos infelizmente podem tentar fazer parecer – para desenvolver a liderança. Por que não? A resposta é simples: porque somos diferentes. Cada pessoa tem seus pontos fracos e fortes, que por sua vez diferem dos de outras pessoas. Reconhecê-los e descobrir como atuá-los na vida exige autoconhecimento e vontade de explorar a própria história e as motivações inconscientes de suas ações.

Tomar consciência das próprias limitações – e também do próprio e real valor – não é processo simples. Estamos falando de construção pessoal. Encontrar e construir o próprio estilo de liderança certamente demanda tempo e dedicação. O processo pode ser facilitado com o auxílio de um mentor, um coach, que tenha ele mesmo aprimorado suas capacidades de liderança ou com experiência em oferecer esse tipo de suporte. Como saber? Busque informar-se sobre a trajetória profissional e pessoal do coach e sua bagagem cultural. Nesse caso, conhecimentos no campo das ciências da mente, como a psicologia e a psicanálise, são um diferencial positivo.

A psicanálise, por exemplo, oferece um subsídio teórico consistente, que considera o ego – que podemos definir, grosso modo, a forma como nos apresentamos para o mundo – um produto resultante, por assim dizer, da interação entre as demandas do id (nosso inconsciente, permeado por desejos e medos) e do superego – as regras sociais que nos obrigam a frear e sentir vergonha de determinados pensamentos e comportamentos. Aplicada de forma séria e com objetivo, a teoria do inconsciente pode ajudar a perceber melhor como reagimos às pessoas e ao mundo.

Em resumo: enquanto não houver autoconhecimento, apenas reagimos. Uma melhor percepção de si mesmo, uma autoanálise, muitas vezes guiada por um bom profissional, nos ajuda a deixar de ser reagentes para, cada vez mais, nos tornarmos agentes. A agir em vez de reagir. A trabalhar falhas e desenvolver qualidades dentro da própria originalidade – a liderança torna-se, assim, uma consequência.

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