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Compreender as características do cérebro reptiliano e seu modo de funcionamento simboliza uma estratégia eficiente no mercado de trabalho. Principalmente se considerarmos que, mesmo diante de transformações ambientais e culturais, as bases biológicas que moldam o homo sapiens ainda permanecem as mesmas de milhares de anos atrás.

Tais fatos elucidativos são expostos pelos médicos Deepak Chopra e Rudolph E. Tanzi no livro “Supercérebro” (Editora Alaúde, 2013), no qual discorrem sobre o poder da mente frente às novas descobertas científicas sobre as três principais regiões do cérebro que hoje recebem enfoque. São elas: região reptiliana, sistema límbico e neocórtex.

Embora possa parecer inicialmente desconexo em relação ao mercado de trabalho, o conhecimento acerca da biologia e do funcionamento do cérebro diz respeito ao comportamento humano e, portanto, pode auxiliar na tomada de decisões também no ambiente corporativo. Daí sua importância.

Siga a leitura para compreender como funciona o cérebro reptiliano e identificar de que maneiras conhecê-lo pode auxiliar você a ser um líder mais estratégico.

O que é o cérebro reptiliano?

O cérebro reptiliano é considerado a região mais “primitiva” do cérebro humano, responsável por regular as reações instintivas. Especialmente aquelas associadas à sobrevivência.

Pode-se compreender que o cérebro reptiliano é a região que estimula nossa busca por proteção, alimento, abrigo e segurança. Sua função é estimular o sistema límbico a reagir diante de situações de adversidade produzindo os hormônios necessários de acordo com a situação que se apresenta.

Exemplificando para uma melhor compreensão: a função primordial do cérebro reptiliano é nos manter vivos a qualquer custo. Em situações de ameaça, por exemplo, ele estimula a produção de cortisol – hormônio que produz um estado de alerta. Trata-se de uma região “individualista” de nossa base instintiva.

Podemos ver o cérebro reptiliano em ação em uma situação onde alguém explode de raiva em uma reunião. Ou, então, desrespeita o colega devido ao estresse elevado.

Há uma razão pela qual geralmente não falamos sobre essa região cerebral. Ela funciona por si própria, não requer intelecto, raciocínio ou análise. Sua função é pura e exclusivamente funcional. Mas é justamente por isso que reconhecê-la representa uma vantagem.

A seguir, você vai entender melhor o porquê.

Cérebro reptiliano e sua relação com a cena corporativa

A partir do momento em que um indivíduo reconhece o mecanismo de funcionamento do cérebro reptiliano, ele não se torna mais um simples refém de suas reações de medo, raiva ou estresse. Ele retoma, de certo modo, o poder sobre suas ações.

Naturalmente, não é possível reprimir completamente as ações do cérebro reptiliano. Principalmente porque suas funções são essenciais à sobrevivência. No entanto, a partir do momento em que o líder se torna ciente delas, pode acionar com mais facilidade a ação do neocórtex – este, sim, responsável pelo pensamento de caráter racional.

Decisões estratégicas demandam um viés de raciocínio claro, transparente e incisivo. Estar simplesmente à mercê do cérebro reptiliano é, portanto, uma péssima característica no mercado de trabalho.

Um excelente líder precisa ser capaz de antecipar seus instintos reativos de estresse, explosão e medo para, então, tomar as medidas essenciais para retornar a um estado de clareza mental. Praticar atividades físicas, meditar e ter momentos de ócio criativo são ações extremamente benéficas nesse sentido.

Não podemos eliminar nossos instintos mais primitivos. Mas podemos utilizar de nossa capacidade intelectual para que eles atuem em nosso favor – e não contra nós.

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