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No mundo atual, onde saberes se sobrepõem a todo o tempo, numa velocidade nunca antes vista, fica para trás quem se coloca num pedestal ilusório e acredita ter atingido a excelência, seja técnica ou no campo das habilidades pessoais

“Ninguém é tão grande que não tenha o que aprender, nem tão pequeno que não tenha algo para ensinar”. Esta máxima de Esopo, que data de milênios, devia funcionar como um “mantra” para todos aqueles que ocupam funções de gestão. Pois esse é o calcanhar de Aquiles de muitos gestores: desaprendem a aprender.

Não estamos falando apenas de aprimoramento técnico. Investir na aprendizagem formal e informal é, diga-se de passagem, requisito básico de sobrevivência no contexto organizacional no século 21, independentemente de hierarquia.  Estamos falando, na verdade, das possibilidades de enriquecimento pessoal e profissional que a liderança traz, no sentido de o líder poder, na medida em que transfere conhecimentos e direciona objetivos, absorver ele mesmo novas experiências e ensinamentos durante esse processo. Aprender.

Habilidades técnicas excelentes, que fazem qualquer currículo saltar aos olhos, pouco significam se não estão acompanhadas da inteligência emocional e da flexibilidade necessárias para lidar com o principal e mais imprevisível ativo das empresas: pessoas.

Ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade. Já se foi o tempo do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Vivemos num mundo onde os saberes são diversos e se renovam a cada momento. Imagine que temos a nosso alcance, na tela do celular, uma gama de informações e conhecimentos impensável para qualquer pessoa há 30 anos. Nesse novo contexto no qual saberes se multiplicam e sobrepõem a todo o tempo, numa velocidade nunca antes vista, certamente fica para trás quem se coloca num pedestal ilusório e acredita ter atingido a excelência, seja técnica ou, pior ainda, no campo das habilidades pessoais.

Liderar não é uma técnica estática, pelo contrário – a liderança é reinventada, reaprendida a todo o tempo, com cada pessoa e com cada situação. O gestor do século 21 é aquele que de fato se comunica com sua equipe, recebe críticas de uma perspectiva construtiva e tem a convicção de que o maior valor da sua equipe está em ajudá-lo justamente a tornar-se um melhor líder.

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