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Como o pertencimento atua na cultura organizacional?

Um exemplo óbvio de senso de pertencimento são as antigas comunidades primitivas, que permanecem em algumas partes do mundo. Um membro dessas sociedades não é um indivíduo destacado de seu meio social. A identificação com o próprio grupo é tal que práticas solidárias e que visam o bem-estar comum são a regra: o alimento, bem como o cuidado com as crianças, são divididos. Os papéis sociais existem em função da manutenção da sobrevivência da comunidade, objetivo comum a todos. A identidade está, pois, imersa no sentimento de coletividade.

Trazendo o conceito de pertencimento para as culturas ocidentais, podemos recorrer à descrição do sociólogo Émile Durkheim, criador do conceito de solidariedade orgânica: há maior senso de individualidade, porém os membros das sociedades têm a necessidade de estar vinculados a redes, nas quais cada um desempenha um papel ou função. A noção de que “fazemos parte de algo maior” é tão importante quanto nas sociedades ditas primitivas.

Como o pertencimento atua na cultura organizacional? Na identificação que os colaboradores têm com os produtos, com a marca e com os ideais da empresa. A percepção de que o sucesso da organização é também o seu reflete-se em empenho pelo resultado final. O pertencimento organizacional transparece em motivação e interesse: o indivíduo que se identifica como parte, elemento funcional de uma empresa, empenha-se em melhorar as rotinas de trabalho e almeja o bom desempenho do produto. Enfim, torna-se um empreendedor interno, motivado a trazer novas ideias, a iniciar e a participar de processos, a vivenciar diferentes etapas da vida de uma empresa, marcada por altos e baixos. Em tempos de incerteza, investir em uma cultura de pertencimento é uma forma de preservar o mais importante ativo para o sucesso de uma organização: o capital humano.

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