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É da natureza humana querer ultrapassar os limites, queremos sempre mais.

Esse aspecto de nossa natureza é replicado pelo sistema que nós criamos e que dá sinais de não mais se sustentar.

O sistema em que vivemos é linear, vai da exploração dos recursos, à manufatura, à venda, ao uso e por último ao descarte.

Ou seja, Vai da EXPLORAÇÃO ao LIXO. Não considera um limite intrínseco:

Os recursos são finitos, LIMITADOS.

A questão da sustentabilidade é, em muitos aspectos, uma questão de LIMITES.

Somente os EUA produzem 30% de todo o lixo do mundo, se todos os países tivessem o mesmo padrão de consumo americano precisaríamos de mais 5 planetas!

Não só ultrapassamos os limites da natureza, mas ultrapassamos os nossos próprios limites e o limite do outro, muito além da exaustão.

Assim como temos um só planeta, cada um de nós tem um só corpo e somos limitados por nossas próprias individualidades.

Em um famoso experimento um documentário da BBC uma criança de 3 anos recebe uma ligação do avô que lhe pergunta como é o brinquedo que ela está brincando.

A criança não responde, ela não entende que há uma separação entre o que ela vê e sabe e o que seu avô vê e sabe.

Isso prova que consciência dos limites não é inato, em grande parte vem do aprendizado e da experiência.

As leis existem para regular a vida em sociedade e estabelecer limites entre os direitos e deveres e limites em relação a nossa liberdade e a liberdade do outro.

A questão dos limites perpassa todos os aspectos de nossa vida e é extremamente necessária para um desenvolvimento humano sustentável.

Tratando-se de relações humanas os limites não são fixos, sem flexibilidade nos rompemos.

Há dois princípios de igual importância que precisamos saber o usar para equilibrar os nossos limites e o limite do outro:

O princípio do SIM – Aceitar a demanda do outro, flexibilizar em nome de uma relação saudável e construtiva.

O princípio do NÃO – Aplicar esse princípio é essencial, um NÃO que não é dito no momento propício é fonte de angústia e arrependimento.

Limite é autoconhecimento, quanto melhor nos conhecemos, melhor saberemos usar esses princípios.

Não existem receitas, cada um sabe gerenciar seus limites baseado em suas próprias vivências.

A palavra é LIMITE, não tenhamos medo dela. Somos limitados por nossa capacidade mental e física, pelo tempo, por uma vida finita, assim como o dia se limita pela noite.

Saber enxergar os limites é contemplar a realidade é agir com sabedoria.

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