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“No final, o amor que você recebe é igual ao amor que você dá” Paul McCartney

Cada um se pensa protagonista de sua própria história, mas as fronteiras do que é a história pessoal e a história do outro é muito tênue.

Não construímos nada sozinhos.

A nossa percepção de identidade unitária nos faz naturalmente auto-centrados e tentamos preservar o que há de melhor para nós mesmos, muitas vezes em detrimento do outro.

No entanto, saber reconhecer o valor no outro é o combustível para melhorar não só a relação com a alteridade quanto a relação que temos com o nosso próprio ser.

O elogio e o reconhecimento é a energia que harmoniza as relações. Dar um feedback positivo pode ser tão gratificante quanto receber. No momento em que se reconhece o valor do outro passamos a ser percebidos de uma maneira diferente, estabelecemos um elo relacional construtivo, um ciclo virtuoso fonte perene de criatividade e eficiência.

Saber reconhecer o valor de uma pessoa e declarar não é uma questão política, é um SABER.

Enxergar o positivo nas pessoas é uma habilidade que devemos cultivar. Quando vemos o positivo no outro, o outro também enxerga o nosso valor.

Não se trata de elogiar com a intenção de receber algum favor em troca, quando o elogio parte somente de uma estratégia de interesse isso é logo percebido, funcionando contra a suposta “estratégia”.

Elogiar e reconhecer vem de um cultivo particular de uma visão positiva e construtiva em relação a nós mesmos e ao mundo.

De fato temos uma influência muito grande no que ocorre de positivo e de negativo em nossas vidas e nas vidas dos que nos cercam.

Desenhamos cenários pessimistas ou otimistas, os dois são possíveis, temos o poder de trazer a tona realidades de acordo com nossa postura em relação à vida.

A lei da reciprocidade, a também chamada REGRA DE OURO está para as relações humanas assim como a lei da gravidade está para física.

A sabedoria popular e as religiões declararam a validade dessa lei de várias formas:

“É dando que se recebe”

“Se colhe o que se planta”

Esses simples aforismos vêm da percepção empírica de que só podemos colher o bem, se semeamos o bem.

Um quadro comparativo das religiões em relação à regra da reciprocidade nos ajuda a pensar:

No Zoroastrismo

Aquela natureza só é boa quando não faz ao outro aquilo que não é bom para ela própria – Dadistan-i-Dinik 94:5

No Judaísmo:

O que é odioso para ti, não o faças ao próximo

No Confucionismo:

Não façais aos outros aquilo que não quereis que vos façamConfúcio

No Budismo:

Não atormentes o próximo com o que te afligeUdana-Varga 5:18

No Hinduísmo:

Esta é a suma do dever: não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te causará dorMahabharata (5:15:17)

No Cristianismo:

Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a elesJesus no Sermão da Montanha(Mt. 7, 12)

(Fonte Wikipédia)

No final da jornada, a verdadeira sabedoria está em reconhecer que não somos simplesmente protagonistas de nossa história, somos parte de uma história muito maior e que o centro está em todo lugar.

Fiquem com a musica do genial álbum Abbey Road dos Beatles:

The End, a musica citada nesse artigo se encontra a partir de 4:38

“And in the end the Love you take is equal to the Love you make”

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