A gestão de crises é um desafio constante para líderes corporativos. Administrar conflitos com clientes ou colaboradores simboliza uma necessidade recorrente e que demanda reações ágeis. O processo também exige competências pontuais, como a empatia, que ganha cada vez mais evidência no mundo dos negócios.
Empatia, conforme a definição do dicionário Michaelis, diz respeito à “habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa e de compreender sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem”. Não é segredo que, ao mediar conflitos, um bom líder precisa saber ouvir e compreender ambas as partes.
Daí a importância da empatia na resolução de conflitos. O grande desafio, contudo, é levar o conceito à prática.
Por isso, nesta matéria, você vai conferir alguns insights sobre o tema. Siga a leitura para explorar todas as informações.
Por que a empatia é importante na gestão de crises?
A empatia é uma aptidão exigida por parte dos líderes nos mais variados cenários. Se considerado o contexto de uma gestão de crise externa, a reação da administração e a postura assumida pela companhia vão ser decisivas para que esta sobreviva ou afunde diante de um escândalo.
É o que mostrou um levantamento realizado pela empresa de RH britânica Weber Shandwick: 85% dos consumidores formam sua opinião sobre empresas analisando a forma como elas reagem em situações de crise. Assumir uma postura resolutiva, exercendo empatia por seus consumidores, traz resultados favoráveis à imagem da corporação.
Já nas crises internas a empatia desempenha um papel igualmente importante. Um bom líder precisa saber ouvir seus colaboradores de modo a preservar um bom clima organizacional. Certamente, trata-se de um grande desafio.
Mas é justamente por isso que ser empático em suas atitudes é uma habilidade essencial àqueles que desejam emergir como líderes bem sucedidos. O tema é tão atual que vem sendo amplamente discutido, inclusive, por especialistas da área médica em suas redes sociais.
“Muitas vezes, acabamos vivendo de forma tão ‘automática’ que nossas reações acabam refletindo um pouco esse ‘modo de vida’, gerando, assim, respostas distantes, superficiais e, por vezes, até insensíveis”, discorre o médico e fundador do Instituto Barakat, Dr. Mohamad Barakat, em seu perfil no Instagram.
Sair do piloto automático e exercer a empatia exige atenção e prática. Mas dominar essa competência é totalmente possível. A seguir, você pode verificar algumas dicas para aplicar a teoria à sua rotina corporativa.
3 dicas para utilizar a empatia a seu favor na gestão de crises
Em artigo publicado pela Harvard Business Review Brasil em torno do tema empatia, Annie McKee fornece esclarecimentos poderosos sobre como usufruir da habilidade em momentos de crise. Explore, abaixo, três deles:
1) Administre suas emoções negativas
Em qualquer cenário de conflito, as emoções do líder costumam ser facilmente transmitidas à atmosfera do ambiente. Por isso, diante de um problema, procure conter a ira e evite agir de forma explosiva ou desrespeitosa. Caso contrário, você vai provocar o mesmo efeito nas outras pessoas. Autogestão emocional é essencial.
2) Escute com atenção
Direcione o seu foco ao outro e priorize ouvir todas as partes envolvidas em qualquer situação de crise. Lembre-se de que, através da escuta e das expressões corporais, você pode interpretar cuidadosamente seus colaboradores. Isso é extremamente útil para solucionar conflitos com maestria.
3) Trace paralelos de compreensão
A empatia parte de uma identificação com a realidade do outro. Portanto, para assegurar uma resolução de conflitos eficiente, parafraseie ou faça analogias caso julgue necessário, com o intuito de demonstrar que você realmente ouviu e compreendeu o que ambas as partes envolvidas tinham a dizer.
Assim, certamente vai ser mais fácil tomar as decisões exigidas na situação em questão.
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