É o líder quem assume o leme do navio diante de uma intempérie. É preciso ter a sabedoria de colocar a própria experiência a serviço da equipe
Há pouco tempo uma charge muito interessante virou febre nas redes sociais. Nela, estão ilustradas três filas. A primeira delas, “fila para criticar”, é tão longa que chega a dobrar a esquina. A segunda, “fila para sugerir”, idem. A terceira, porém, “fila para fazer”, tem pouquíssimas pessoas. Se você encontrou nessa cena alguma semelhança com a realidade, quiçá a da sua empresa, não é mera coincidência.
Muitos gestores têm comportamentos dignos da primeira e da segunda fila. São exímios em criticar colegas e subordinados, a descrever como teriam evitado um problema ou que deveria ser feito para resolvê-lo, mas raramente têm uma postura ativa. Sempre sabem o que fazer, mas nunca agem como se soubessem.
Liderar demanda postura ativa. Comunicar tarefas para os colaboradores e restringir-se ao papel de aprovar ou criticar o resultado final não é liderança. O foco do líder não deve estar somente nos resultados, mas principalmente nos processos. Em outras palavras, é necessário concentrar-se nas estratégias e não unicamente na meta. Observe que falamos em estratégias, no plural, pois muitas vezes – e não importa o nível de experiência em liderança – será preciso reformular processos, rever prioridades, não raro redefinir completamente os rumos do que foi inicialmente planejado. Para se inteirar plenamente dos processos, é preciso estar corpo a corpo com a equipe. É nessa hora que, o líder que sabe, tem a oportunidade de fazer, no sentido de estar ciente dos problemas que surgem e buscar soluções.
É o líder quem assume o leme do navio diante de uma intempérie. É preciso ter sabedoria para colocar a própria experiência a serviço da equipe. Emprestando as palavras da escritora Cora Coralina, “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Um bom gestor é aquele capaz de trocar saberes e experiências com sua equipe.